Tartaruga Gigante de Galápagos

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As Tartarugas Gigantes de Galapagos são as maiores tartarugas terrestres que existem atualmente.
Existiam 14 subespécies de Tartaruga Gigante de Galapagos antes da descoberta das Ilhas pelo homem, hoje em dia somente 11 subespécies sobreviveram. Os grandes vilões dessa história são os marinheiros de navios caçadores de baleias e pescadores, que ao passarem pelas ilhas formavam estoques enormes de tartarugas, pois elas garantiam grandes estoques de comida e por um longo período de tempo, pois as tartarugas gigantes poderiam sobreviver por mais de um ano dentro de navios sem comida e sem água, porém as tartarugas ao se banharem podem absorver cerca de 15% de seu peso em água. Geralmente eram levadas primeiramente as fêmeas, pois elas são menores que os machos e podiam ser encontradas com maior freqüência próximas as costas durante as temporadas de desova, até Charles Darwin chegou a comer algumas Tartarugas Gigantes de Galapagos.
O golpe final que extinguiu diversa das subespécies foi a inclusão de mamíferos nas Ilhas de Galapagos, propositalmente foram adicionadas cabras nas ilhas nos anos de 1950 como fonte de alimento alternativa para os marinheiros, esta tornaram concorrentes diretas das tartarugas, pois se alimentavam das mesmas plantas e como a população de cabras cresceu rapidamente, ocorreu uma destruição da vegetação e uma grande erosão nos solos. Outro fator crucial foi a inclusão de ratos nas ilhas, que fugiram de navios ancorados, eles começaram a atacar os ovos de tartarugas diminuindo a taxa de natalidade e dificultando ainda mais a sobrevivência das Tartarugas Gigantes de Galapagos recém nascidas. Porém em 1959 foram criados O Parque Nacional de Galapagos e a Fundação Charles Darwin, que a partir de 1965 vem conseguindo recuperar com seus programas a população de Tartarugas Gigantes de Galápagos. Onde os ovos são incubados artificialmente e as tartaruguinhas são criadas até atingirem 20 centímetros de comprimento de carapaça, na qual já podem ser soltas em suas ilhas de origem e as vegetações das ilhas estão sendo recuperadas para suportar novamente uma grande população. Até hoje aproximadamente 2500 tartaruguinhas já foram soltas em suas ilhas de origem.
O mantenimento em cativeiro, embora não recomendado fora de zoológicos por serem animais de grande porte, próximo da extinção e de exigir diversos cuidados, deve ser apresentar um cercado bem robusto com cerca de 1 a 1,2 metros de altura, para resistir as fortes investidas desses animais que pode chegar a pesar 300 kg. O recinto deve ser ao ar livre e de grande tamanho, cerca de 300 m² por exemplar adulto, deve receber grande quantidade de luz solar, de possuir bastante arbustos comestíveis e árvores de grande porte para prover sobra aos animais, sendo indispensável um tanque com cerca de 0,5 a 1,5 metros de profundidade, com rampas de pouca angulação (máx. 30º) para permitir o acesso a banhos, o recinto deve também possuir um abrigo aquecido para evitar que os animais hibernem nos meses de inverno. Sua alimentação é basicamente onívora, pois em ilhas remotas como as de Galápagos, os animais não se podem dar ao luxo de escolherem muito os alimentos. Se alimentam de ervas, ramos, frutos, cactos, restos de animais mortos e até excrementos. Em cativeiro deve-se ter o cuidado de fornecer uma dieta rica em fibras, para se evitar problemas intestinais, como por exemplo figos da indía (frutos e palmas), Opuntia arborea e Opuntia autoctona, além de hortaliças, pasto, feno, dentes leão, frutas como melão, melancia, maçãs, peras, jabuticabas, amoras, etc. Não deve faltar também uma parcela de proteínas, que pode ser a base de carne moída com pouco teor de gorduras.
O acasalamento ocorre quase sempre nas épocas de chuva, onde os machos que são bem maiores, são muito persistentes ao cortejar as fêmeas, perseguindo a mesma onde quer que ela vá, dando voltar em torno dela e mordendo suas patas. Quando a fêmea para e se esconde na carapaça em posição submissa, o macho inicia a montaria, subindo com suas patas dianteiras em cima da carapaça da fêmea. A cópula dura muito pouco tempo, para evitar o risco de esmagamento das fêmeas. Durante a cópula o macho emite fortes ruídos que podem ser ouvidos a enormes distâncias. As fêmeas costumam desovar de 4 a 10 ovos em áreas limpas, ensolaradas e com pouca inclinação. Os ovos são esféricos e medem cerca de 6 centímetros de diâmetro, o tempo de incubação varia entre 80 a 200 dias dependendo da temperatura e da quantidade de chuvas.

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TORONES - Eles vão chegar lá um dia....