Astrócitos estariam ligados à fisiologia de vício em drogas
19:45 Posted In 3º AnoOs astrócitos não participam apenas da comunicação e do armazenamento de informação no cérebro, mas também estão ligados com fisiologia da dependência de drogas. Assim revela hoje um estudo publicado na revista Neuron, no qual uma equipe do Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC), de Madri, descreveu o papel passivo dos astrócitos, células cerebrais em forma de estrela às quais sempre se atribuiu uma mera função passiva.
De acordo com a análise, realizada pelos pesquisadores Marta Navarrete e Alfonso Araque, os astrócitos também estão ligados em possíveis reações para o tratamento dos efeitos de drogas relacionadas com canabinóides.
"Descobrimos que os astrócitos do hipocampo enviam receptores fundamentais de canabinóides do tipo 1, que são ativados por endocanabinóides durante a atividade dos neurônios", destaca Araque, do Instituto Cajal, do CSIC.
Os endocanabinóides são neurotransmissores liberados pelos neurônios, e cujos efeitos são mimetizados pelas drogas psicotrópicas derivadas da planta cânabis.
Até agora, acreditava-se que os efeitos dos canabinóides na fisiologia cerebral se deviam exclusivamente à ativação de receptores específicos presentes nos neurônios.
Além de sua relação com os efeitos dos canabinóides no cérebro e no comportamento, esses receptores estão envolvidos em vários processos cerebrais como a memória, a aprendizagem e a percepção de dor.
Segundo Navarrete e Araque, a estimulação dos receptores de canabinóides em astrócitos cria novas vias de comunicação entre neurônios.
"A ativação desses receptores nos astrócitos favorece a liberação do transmissor glutamato, que serve para ativar outros neurônios", diz Araque.
Em suma, "os astrócitos atuam como ponte nesse novo caminho de comunicação interneuronal", acrescenta Araque. Para o cientista, as conclusões do estudo comprovam o papel ativo dos astrócitos no cérebro.
Essas células fazem parte de um dos dois grandes grupos celulares do cérebro, as células da glia. "Desde as pesquisas originais do século XIX, a comunidade científica achava que os neurônios eram os únicos responsáveis pelo funcionamento do cérebro na elaboração e transmissão de informação.
Às células da glia só era atribuído um papel como aglutinante do cérebro", comenta. Essa última pesquisa se soma a um estudo anterior, publicado na revista Science em agosto, no qual se demonstrou que os astrócitos estão envolvidos na transmissão e no armazenamento da informação do sistema nervoso.
"Após os últimos resultados, e considerando a importância dos receptores canabinóides em vários processos do sistema nervoso, fica patente que os astrócitos participam de forma relevante no funcionamento cerebral", conclui o pesquisador do CSIC.
De acordo com a análise, realizada pelos pesquisadores Marta Navarrete e Alfonso Araque, os astrócitos também estão ligados em possíveis reações para o tratamento dos efeitos de drogas relacionadas com canabinóides.
"Descobrimos que os astrócitos do hipocampo enviam receptores fundamentais de canabinóides do tipo 1, que são ativados por endocanabinóides durante a atividade dos neurônios", destaca Araque, do Instituto Cajal, do CSIC.
Os endocanabinóides são neurotransmissores liberados pelos neurônios, e cujos efeitos são mimetizados pelas drogas psicotrópicas derivadas da planta cânabis.
Até agora, acreditava-se que os efeitos dos canabinóides na fisiologia cerebral se deviam exclusivamente à ativação de receptores específicos presentes nos neurônios.
Além de sua relação com os efeitos dos canabinóides no cérebro e no comportamento, esses receptores estão envolvidos em vários processos cerebrais como a memória, a aprendizagem e a percepção de dor.
Segundo Navarrete e Araque, a estimulação dos receptores de canabinóides em astrócitos cria novas vias de comunicação entre neurônios.
"A ativação desses receptores nos astrócitos favorece a liberação do transmissor glutamato, que serve para ativar outros neurônios", diz Araque.
Em suma, "os astrócitos atuam como ponte nesse novo caminho de comunicação interneuronal", acrescenta Araque. Para o cientista, as conclusões do estudo comprovam o papel ativo dos astrócitos no cérebro.
Essas células fazem parte de um dos dois grandes grupos celulares do cérebro, as células da glia. "Desde as pesquisas originais do século XIX, a comunidade científica achava que os neurônios eram os únicos responsáveis pelo funcionamento do cérebro na elaboração e transmissão de informação.
Às células da glia só era atribuído um papel como aglutinante do cérebro", comenta. Essa última pesquisa se soma a um estudo anterior, publicado na revista Science em agosto, no qual se demonstrou que os astrócitos estão envolvidos na transmissão e no armazenamento da informação do sistema nervoso.
"Após os últimos resultados, e considerando a importância dos receptores canabinóides em vários processos do sistema nervoso, fica patente que os astrócitos participam de forma relevante no funcionamento cerebral", conclui o pesquisador do CSIC.