Lamarckismo
20:39 Posted In 3º Ano 0 Comments » Em 1º de Agosto de 1744, nascia Jean Baptiste Lamarck, ou melhor Jean Baptiste Pierre Antoine de Monet, Chevalier de Lamarck.
Caçula de 11 irmãos de uma tradicional família de militares, começou a estudar em um seminário, mas logo após a morte de seu pai, entrou para o exército para lutar contra a Alemanha. Com a paz declarada em 1763, Lamarck continuou a servir no exército até que um ferimento o forçou a deixá-lo. Tornou-se bancário e começou a estudar medicina e botânica.
Em 1778, já era um expert em botânica com o lançamento do seu primeiro livro: Flore Française, ou Plantas da França. Lamarck foi, então, indicado como professor responsável pelo campo de invertebrados do Museu Nacional de História Natural, mesmo quase sem nenhum conhecimento de zoologia de inverterbrados. Na verdade era um campo da Biologia considerado de segunda categoria, muito poucas pessoas estudavam os invertebrados (inclusive o termo não existia na época, quem o formulou foi Lamarck). Mas Lamarck trabalhou duro e desenvolveu este "novo" campo, que é manancial de conhecimento vastíssimo na zoologia.
Lamarck foi o o primeiro a separar Crustacea, Arachnida e Annelida de Insecta, através de seus trabalhos de classificação. Teve sua vida marcada pela constante luta contra a pobreza. Luta infrutífera, pois morreu em 28 de dezembro de 1829, pobre. Foi enterrado em um cemitério alugado, de onde seu corpo foi retirado cinco anos depois, e enterrado em lugar desconhecido. Para piorar, ao redor de 1818 ele começou a perder a visão, dependendo totalmente das filhas no final de sua vida, pois estava completamente cego.
Lamarckismo
Lamarck explicava a existência da evolução por dois princípios fundamentais:
1. Lei do uso e desuso.
2. Lei da herança dos caracteres adquiridos.
Segundo Lamarck o ambiente condiciona a evolução, levando ao aparecimento de características que permitem aos indivíduos adaptarem-se às condições do ambiente onde vivem. A adaptação representa, então, a faculdade que os seres vivos possuem de desenvolver características estruturais e funcionais que lhes permitem sobreviver em determinado ambiente.
A lei do uso e do desuso, explica as modificações que levam à adaptação, pois a necessidade cria um órgão e a função modifica-o, isto é, se um órgão é muito utilizado desenvolve-se, tornando-se mais forte, vigoroso ou de maior tamanho. O pescoço das girafas desenvolve-se a medida que necessitam alcançar as folhas mais tenras presentes na copa das árvores da savana africana, pois sua dentição é frágil e inadequada às ervas existentes no solo. Os olhos das topeiras atrofiaram pela vida subterrânea, pela falta de luz e o seu desuso.
Segundo a lei da herança dos caracteres adquiridos, as modificações que se produzem nos indivíduos ao longo da sua vida, como conseqüência do uso e do desuso, são hereditárias, originando mudanças no conjunto da população.
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